O corpo da modelo alagoana Gleisi Graciela Firmiano, de 30 anos, que morreu após uma suposta abordagem policial nos Estados Unidos, deve ser trazido para o Brasil com empenho financeiro do Governo de Alagoas. A informação foi confirmada ao Portal Fan F1 por Cleane Firmiano, irmã de Gleisi, e uma entre os familiares da modelo que moram em Aracaju.
“O Governo (de Alagoas) mesmo entrou em contato, e eles já me pediram todos os dados que eu tinha dela nos Estados Unidos, como o número do caso dela e o local do IML. Eles já mandaram mensagem para o Itamaraty e estou enviando hoje pela tarde um documento que eles pediram no Consulado”, explicou Cleane.
Uma das maiores preocupações da família de Gleisi era a falta de condições financeiras para arcar com os R$ 72 mil necessários para trazer o corpo da modelo de volta para o Brasil.
A data exata para a repatriação ainda não foi estabelecida, mas segundo Cleane, há um contato direto com representantes do Governo de Alagoas para ter clareza sobre o andamento do caso.
Entenda a situação
A modelo Gleisi Graciela, natural de Penedo (AL), morou em Aracaju e ainda possui família na capital sergipana. Ela residia nos Estados Unidos há oito anos, e segundo o relato de familiares, morreu após ser baleada durante uma abordagem policial no dia 30 de janeiro. A família, no entanto, só foi comunicada do falecimento pela polícia de Los Angeles no dia 09 de fevereiro, dez dias após o ocorrido.
Durante o Jornal da Fan desta quarta-feira, 15, Cleane Firmiano explicou todo o drama vivido pela família nos mais de 40 dias desde a morte de Gleisi. Foi exposto pelas autoridades policiais que a modelo saiu de casa armada e com um cachorro após ter uma briga com o namorado, que é americano. A polícia foi acionada para encontrá-la e aí aconteceu a abordagem.
“Encontraram ela sentada ao lado de um pé de árvore com o cachorro e a arma do lado. Os policiais falaram que se aproximaram, falaram e ela não escutou, ou não entendeu quem fosse por conta do horário. Disseram que ela colocou a mão na arma, mas não apontou, eles acharam que ela fosse atirar neles e atiraram primeiro. Só que eles falaram que usaram força letal, uma arma taser, que aqui é de choque, então é difícil da gente acreditar”, explicou Cleane.
Desejo interrompido
A irmã de Gleisi expôs ainda que nas últimas conversas que teve com a modelo ela revelou planos concretos de voltar para o Brasil definitivamente.
“Ela estava para vir agora entre o mês de março ou abril, que é o mês que ela completa ano. Ela até me disse ‘o que eu consegui aqui já está bom, eu vou embora para o Brasil, vou montar meu negócio aí, vou montar uma agência de modelo no Rio e outra em Aracaju'", lamentou Cleane
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