“Agente precisa corrigir muitas coisas que aconteceu no primeiro mandato. Tenho certeza que ele (Binho) irá nos ouvir,” disse Dedé.
A recente veiculação de uma discussão acalorada entre o prefeito de São Domingos (SE), Binho, e o vice-prefeito Aduilson trouxe à tona as fragilidades políticas que permeiam a gestão municipal. Após o episódio, o presidente da Câmara de Vereadores, Dedé de Aduilson, que é filho do vice-prefeito, fez declarações que geraram questionamentos sobre o futuro do governo local. Segundo Dedé, a administração de Binho foi “mediana” e marcada por erros, mas ele acredita que, agora o prefeito irá ouvir.
A afirmação de Dedé, no entanto, levanta uma dúvida importante: o que faz o presidente da Câmara acreditar que agora o prefeito Binho irá parar para ouvir as demandas e sugestões, se até agora não demonstrou abertura para o diálogo?
Gestão marcada por erros e falta de diálogo
Em sua análise da gestão de Binho, Dedé de Aduilson não poupou críticas. Ele afirmou que o governo municipal apresentou resultados e fez questão de transparecer que ouve falhas.
A falta de comunicação interna tem sido uma queixa recorrente por parte do grupo, “gatos pingados”, onde pessoas importantes como o próprio vice prefeito estão sendo deixados de lado em decisões importantes do governo.
Por que Binho ouviria agora?
O principal questionamento que surge diante das declarações de Dedé é sobre o que mudou para que o prefeito Binho passe a ouvir os aliados neste momento. Afinal, se até agora ele não mostrou disposição para diálogo, por que essa postura seria diferente agora, em meio a uma crise política evidente?
O desgaste público causado pela discussão com o vice-prefeito Aduilson pode ter sido o ponto de inflexão. A exposição negativa, aliada às críticas de aliados e à pressão popular, pode forçar Binho a adotar uma postura mais aberta.
No entanto, para muitos, a mudança de postura é vista com ceticismo. Se o prefeito “vaidoso” nunca ouviu, por que ouviria agora? As críticas sempre existiram, mas ele seguiu governando sem dar ouvidos. Essa promessa de diálogo parece mais uma tentativa de conter os danos políticos do que uma real mudança.
Reaproximação ou ruptura?
Diante do cenário, o futuro político de São Domingos está em jogo. Se Binho realmente mudar sua postura e adotar uma administração mais participativa, poderá fortalecer sua base aliada e reduzir as críticas. Por outro lado, caso continue ignorando as vozes internas, o racha político pode se agravar ainda mais, comprometendo a governabilidade.
Dedé de Aduilson, por sua vez, mostra-se confiante de que o prefeito irá reconsiderar sua postura. “Com certeza ele vai ouvir”.
Ainda assim, a população de São Domingos aguarda com expectativa os próximos passos da administração municipal. Para muitos, a mudança precisa ser concreta, e não apenas um discurso para apaziguar a crise momentânea.
A grande pergunta que fica no ar é: será que o prefeito Binho está disposto a mudar ou tudo não passa de uma tentativa de salvar sua imagem política? O tempo dirá se haverá espaço para o diálogo ou se a ruptura entre prefeito e vice será irreversível.
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